segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Megaestudo tentará criar "Cérebro digital"



Projeto europeu que envolve 135 instituições pretende desenvolver no decorrer de dez anos tecnologia para criar computador que simule funcionamento do cérebro.

Na Europa, vai ser iniciado um gigantesco projeto que pretende, no decorrer de dez anos, revolucionar nossa compreensão do cérebro humano e criar um "cérebro digital".Cientistas de 135 instituições - na maioria, européias - estão participando do Human Brain Project (Projeto Cérebro Humano, ou HBP).
Além de desenvolver a tecnologia necessária para criar um computador que simule o funcionamento do cérebro, o projeto também visa a construir um banco de dados que reunirá milhares de estudos publicados anualmente no campo da neurociência.

Aprendizado

"Devemos começar a compreender o que torna o cérebro humano único, os mecanismos básicos por trás da cognição e do comportamento e como diagnosticar objetivamente doenças cerebrais", disse Henry Markram, diretor do HBP na Ecole Polytechnique Fédérale de Lausanne (EPFL), na Suíça. Segundo ele, o objetivo é construir novas tecnologias inspiradas na forma como o cérebro "computa".
Os cientistas envolvidos dizem que as tecnologias atuais de computação não são suficientes para simular funções cerebrais complexas. Mas dentro de uma década, supercomputadores deverão ser poderosos o suficiente para criar uma primeira simulação do cérebro humano - ainda que em versão "rascunho".
Paralelamente, será preciso desenvolver computadores com maior capacidade de memória para processar as vastas quantidades de informação que serão geradas. O HBP pode ser visto como um equivalente, na neurociência, ao Projeto Genoma Humano, que envolveu milhares de cientistas de todo o mundo trabalhando juntos para seqüenciar nosso código genético. Aquele estudo levou mais de uma década e custaram centenas de bilhões de dólares.
Mas enquanto o Projeto Genoma mapeou cada uma das três bilhões de bases químicas que compõem o nosso DNA, o Projeto Cérebro Humano - que vai custar em torno de US$ 1,6 bilhão - não se propõe a mapear todo o cérebro humano.
Com cerca de 100 bilhões de neurônios (células nervosas) e 100 trilhões de conexões sinápticas, nosso cérebro é complexo demais. Então, a idéia é criar várias simulações por computador. Cientistas da University of Manchester, na Inglaterra, estão construindo um modelo que simulará cerca de 1% da função cerebral. O projeto SpiNNaker é liderado por Steve Furber, um pioneiro da indústria da computação.
"Passei minha carreira construindo computadores convencionais e vi seu desempenho crescer espetacularmente", disse Furber. "Ainda assim, eles têm dificuldade de fazer coisas que os seres humanos fazem instintivamente. Até bebês pequenos conseguem reconhecer suas mães, mas programar um computador para reconhecer uma pessoa em particular é possível, mas muito difícil".

Computadores Neuromórficos

Desvendar o segredo do aprendizado - os cientistas acreditam - traria vastos benefícios para a tecnologia da informação, resultando em computadores neuromórficos, ou seja, máquinas capazes de "aprender", como o cérebro humano. "Com esse conhecimento, poderíamos produzir chips de computador com habilidades cognitivas específicas que imitam o cérebro humano. Por exemplo, com habilidade de analisar multidões, ou de tomar decisões a partir de vastas quantidades de informações complexas", disse Markram.
Esses cérebros digitais também permitiriam que pesquisadores comparassem, usando modelos computadorizados, cérebros saudáveis e doentes.

Doença Cerebral

Um objetivo central do HBP é permitir que os especialistas tenham uma compreensão mais científica das bases das doenças do cérebro, criando um mapa dos transtornos neurológicos e mostrando como eles se relacionam uns com os outros. A equipe espera que isso ajude profissionais de saúde mental a diagnosticar e tratar doenças do cérebro.
Por seu alto custo, o HBP está sendo alvo de críticas. Alguns acham, por exemplo, que o projeto pode drenar recursos que poderiam ser destinados a outros projetos de pesquisa neurocientífica.
Outros questionam se o HBP não seria ambicioso demais, e se será mesmo capaz de atingir seu objetivo: produzir, dentro de uma década, uma revolução na forma como entendemos o cérebro humano.
Steve Furber acredita, no entanto, que este é o momento de tentar: "Vamos fazer progresso, mesmo se não atingirmos aquele objetivo final. E (esse progresso) trará grandes benefícios para a medicina, a computação e a sociedade".


sábado, 15 de junho de 2013

Partos caseiros são menos arriscados do que os de hospital



Pesquisa holandesa aponta que mulheres na segunda gravidez têm menos chance de sofrer complicações se tiverem o bebê em casa.
Partos feitos em casa são menos arriscados do que os de hospital, principalmente na segunda gravidez, sugere uma pesquisa publicada na revista científica "British Medical Journal".O estudo, realizado por pesquisadores holandeses, indica que, no geral, os riscos de complicações severas é de 1 em mil para partos caseiros e 2,3 em mil para partos nos hospitais.Para mulheres com gravidez de baixo risco que têm o primeiro filho em casa, as chances de precisarem de tratamento intensivo e transfusão de sangue eram pequenas e similares ao das mulheres que dão à luz no hospital: 2,3 por mil em partos caseiros e 3,1 por mil para partos de hospital.Já para mulheres na segunda gravidez, os riscos de complicações severas eram bem menores em partos domiciliares. Entre essas grávidas, a chance de sofrer hemorragia pós-parto era de 19,6 por mil, em comparação com 37,6 por mil para mulheres atendidas no hospital. Os pesquisadores, que incluem parteiras especializadas e obstetras das universidades de Amsterdã, Leiden e Nijmegen, avaliam que os dados são "estatisticamente importantes”. A pesquisa analisou cerca de 150 mil mulheres com gravidez de baixo risco na Holanda que deram à luz entre 2004 e 2006. Entre elas, 92.333 tiveram bebês em casa e 54.419 foram atendidas no hospital.

Resposta eficiente

Na Holanda, partos caseiros respondem por cerca de 20% do total de nascimentos no país. A pesquisadora Ank de Jonge, do VU University Medical Centre em Amsterdã, disse que os dados mostram que o sistema holandês funciona bem. "Isso vem de um bom sistema de avaliação de risco, que inclui boa rede de transporte e parteiras treinadas", disse Jonge.A pesquisadora acrescenta que mulheres que dão à luz em casa têm menos chances de sofrer intervenções, mas em caso de emergências "é preciso que a resposta seja eficiente".Cathy Warwick, presidente da Royal College of Midwives da Grã-Bretanha, disse que a pesquisa prova que há segurança e benefícios dos partos caseiros para algumas mulheres, principalmente as que dão à luz pela segunda vez."Esta pesquisa deveria estimular serviços de maternidade a alocarem mais recursos para oferecer mais oportunidades para que as mulheres tenham partos em casa. Sabemos que muitas delas gostariam de fazê-lo, mas não podem por causa da falta de parteiras", disse Warwick.No Brasil, 97% dos partos são feitos em hospitais, segundo o Ministério da Saúde. O Sistema Único de Saúde, por meio do Projeto Cegonha, lançado em 2011, vem promovendo a capacitação e qualificação de doulas (acompanhantes) e parteiras tradicionais que fazem partos em regiões mais isoladas do país, onde há falta de hospitais e médicos.



segunda-feira, 4 de março de 2013

Tipos de Dengue






Em Minas Gerais esta crescendo muito os casos de Dengue, aqui em Belo Horizonte os casos estão se multiplicando a cada dia. Fiquem atentos.

Conheça os sintomas, o mosquito da dengue, tratamentos, prevenção, tipos, dengue hemorrágica e muito mais


Em todo o mundo, existem quatro tipos de dengue, já que o vírus causador da doença possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4.

No Brasil, já foram encontrados da dengue tipo 1, 2, 3 e 4.  O vírus tipo 4 não era registrado no País há 28 anos, mas em 2010 foi notificado em alguns estados, como o Amazonas e Roraima,
A dengue tipo 4 apresenta risco a pessoas já contaminadas com os vírus 1, 2 ou 3, que são vulneráveis à manifestação alternativa da doença. Complicações podem levar pessoas infectadas ao desenvolvimento de dengue hemorrágica.

Formas de apresentação

A dengue pode se apresentar – clinicamente – de quatro formas diferentes formas: Infecção Inaparente, Dengue Clássica, Febre Hemorrágica da Dengue e Síndrome de Choque da Dengue. Dentre eles, destacam-se a Dengue Clássica e a Febre Hemorrágica da Dengue.


- Infecção Inaparente


A pessoa está infectada pelo vírus, mas não apresenta nenhum sintoma da dengue. A grande maioria das infecções da dengue não apresenta sintomas. Acredita-se que de cada dez pessoas infectadas apenas uma ou duas ficam doentes.

- Dengue Clássica


A Dengue Clássica é uma forma mais leve da doença e semelhante à gripe. Geralmente, inicia de uma hora para outra e dura entre 5 a 7 dias. A pessoa infectada tem febre alta (39° a 40°C), dores de cabeça, cansaço, dor muscular e nas articulações, indisposição, enjôos, vômitos, manchas vermelhas na pele, dor abdominal (principalmente em crianças), entre outros sintomas.
Os sintomas da Dengue Clássica duram até uma semana. Após este período, a pessoa pode continuar sentindo cansaço e indisposição.

- Dengue Hemorrágica


A Dengue Hemorrágica é uma doença grave e se caracteriza por alterações da coagulação sanguínea da pessoa infectada. Inicialmente se assemelha a Dengue Clássica, mas, após o terceiro ou quarto dia de evolução da doença, surgem hemorragias em virtude do sangramento de pequenos vasos na pelo e nos órgãos internos. A Dengue Hemorrágica pode provocar hemorragias nasais, gengivais, urinárias, gastrointestinais ou uterinas.
Na Dengue Hemorrágica, assim que os sintomas de febre acabam a pressão arterial do doente cai, o que pode gerar tontura, queda e choque. Se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte.

- Síndrome de Choque da Dengue


Esta é a mais séria apresentação da dengue e se caracteriza por uma grande queda ou ausência de pressão arterial. A pessoa acometida pela doença apresenta um pulso quase imperceptível, inquietação, palidez e perda de consciência. Neste tipo de apresentação da doença, há registros de várias complicações, como alterações neurológicas, problemas cardiorrespiratórios, insuficiência hepática, hemorragia digestiva e derrame pleural.
Entre as principais manifestações neurológicas, destacam-se: delírio, sonolência, depressão, coma, irritabilidade extrema, psicose, demência, amnésia, paralisias e sinais de meningite. Se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte.

Tratamento bastante antecipado livra bebê do vírus da AIDS nos EUA




Em tempos de tanta coisa ruim acontecendo no mundo, enfim uma boa notícia, esperança para muitos.

Resultado pode mudar a forma como bebês sob alto risco são tratados, e possivelmente levar a uma cura para as crianças com HIV, creem cientistas

Um bebê do Mississípi que nasceu com o vírus HIV foi curado com a terapia básica contra o vírus, aplicada em estágio bastante inicial de vida, num caso potencialmente histórico e que pode levar a importantes descobertas sobre a erradicação da infecção pelo HIV entre as vítimas mais jovens.
Esse é o primeiro caso conhecido de um bebê que chega à chamada cura funcional, um fato raro, no qual a pessoa obtém a remissão da doença, sem mais necessidade de medicamentos, e em que os exames de sangue comuns não demonstram sinais de que o vírus esteja se replicando.
São necessários mais exames para determinar se o tratamento teria o mesmo efeito em outras crianças, mas os resultados podem mudar a forma como bebês sob alto risco são tratados, e possivelmente levar a uma cura para as crianças com HIV, o vírus que causa a AIDS.
"Esta é uma prova do conceito de que o HIV pode ser potencialmente curável em bebês", disse Deborah Persaud, virologista da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, que apresentou as conclusões na Conferência sobre Retrovírus e Infecções Oportunistas, em Atlanta.
A história dessa menina é diferente do agora célebre caso de Timothy Ray Brown, o chamado "paciente de Berlim", cuja infecção pelo HIV foi completamente erradicada por meio de um complexo tratamento para a leucemia, em 2007, envolvendo a destruição do seu sistema imunológico e um transplante de células-tronco de um doador com uma rara mutação genética que resiste à infecção pelo HIV.
No lugar desse custoso tratamento, o caso do bebê do Mississípi envolveu o uso de um coquetel de drogas amplamente disponíveis, já usado no tratamento da infecção pelo HIV em bebês.
Quando a menina nasceu, em um hospital rural, a mãe havia acabado de ter o diagnóstico de infecção por HIV. Como ela não havia recebido tratamento pré-natal contra o vírus, os médicos sabiam que a menina nasceria com alto risco de contaminação. Por isso transferiram a recém-nascida para o Centro Médico da Universidade do Mississípi  em Jackson, onde ela foi tratada por Hannay Gay, especialista em HIV pediátrico.
Com apenas 30 horas de idade – antes mesmo que os exames de laboratório confirmassem a contaminação –, o bebê passou a receber o coquetel com três medicamentos básicos para o combate ao HIV. Em gestações mais típicas, nas quais a mãe soropositiva recebe drogas para reduzir o risco de transmissão, o bebê geralmente só recebe um medicamento.
Pesquisadores acreditam que o uso antecipado do tratamento antiviral provavelmente resultou na cura do bebê ao impedir a formação dos chamados "reservatórios virais", que ficam dormentes e não são acessíveis para os medicamentos habituais. Esses reservatórios fazem com que a infecção volte em pacientes que interrompem o tratamento, e é a razão pela qual a maioria dos soropositivos precisa tomar remédios pelo resto da vida.
Após o início do tratamento, o sistema imunológico do bebê reagiu bem, e os exames mostraram uma redução gradual da carga viral, até que ela se tornasse indetectável 29 dias depois do parto. O bebê recebeu tratamento regular por 18 meses, mas aí parou de ir às consultas durante cerca de dez meses. Nesse período, a mãe da menina disse que ela deixou de tomar os remédios. Os médicos não disseram por que a mãe parou de levar a filha às consultas.
Quando a menina finalmente voltou ao hospital, os exames – mesmo em versões mais sofisticadas – surpreenderam a equipe médica, por mostrar que o vírus não havia se reinstalado.
"Àquela altura, eu sabia que estava lidando com um caso muito excepcional", disse Gay.
Como o tratamento havia sido interrompido, os médicos puderam identificar que a menina havia sido curada, e agora se perguntam se outras crianças tratadas precocemente também não podem estar curadas, sem que saibam disso – já que continuam consumindo as drogas que servem para manter o vírus sob controle em seus reservatórios.
Os médicos alertaram os pais a não caírem na tentação de retirar seus filhos do tratamento para verem se houve cura, pois, em caso negativo, o vírus pode voltar com mais força, e as interrupções aumentam o risco de que o HIV se torne resistente às drogas.






quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Exame "PÍLULA" consegue detectar lesão pré-cancerígena





Como todos sabem o Câncer vem matando muito nos últimos tempos, e é muito bom saber que a ciência vem avançando bastante para tentar evitar o mesmo. Muito boa esta última descoberta. 


Cientistas apresentaram um novo exame de imagem que pode ajudar a identificar o chamado "esôfago de Barrett", uma lesão que pode causar câncer. Segundo os médicos do Hospital Geral de Massachusetts (da Universidade de Harvard), nos Estados Unidos, o equipamento é do tamanho de uma pílula e consegue registrar imagens microscópicas detalhadas da parede do esôfago. O artigo que descreve o exame foi divulgado neste domingo na revista Nature Medicine.

"Este sistema nos dá uma meio conveniente de visualizar o Barrett sem necessitar de sedação, configuração especializada e equipamento ou um médico que tenha que ser treinado, como na endoscopia", diz Gary Tearney, membro do estudo.
A cápsula desenvolvida pelos cientistas contém um sistema de imagem que utiliza lasers em rápida rotação, luz infravermelha e sensores que registram a luz refletida pelo esôfago e, com isso, fazem a imagem da lesão. Durante o exame, o paciente engole a pílula e o médico pode puxá-la de volta por um cabo. "Ao usar a estrutura microscópica tridimensional do esôfago, ela revela muito mais detalhes do que pode ser visto em uma endoscopia de alta resolução."

Os médicos testaram o equipamento em 13 pessoas - seis com a lesão. O equipamento demorou menos de um minuto para terminar, sendo que o paciente precisou engolir duas vezes a pílula. Uma endoscopia tradicional requer que o paciente fique no local de exame cerca de 90 minutos. Segundo os médicos, o novo método é fácil de ser realizado e barato, o que pode ajudar a prevenir o câncer de esôfago.