quinta-feira, 20 de outubro de 2011

COPA 2014 - Vamos lá Brasil



A FIFA anunciou nesta quinta-feira, em sua sede em Zurique, o calendário da Copa do Mundo de 2014. Como esperado, a cidade de São Paulo receberá a partida de abertura (entre a seleção brasileira e outra equipe), no dia 12 de junho, e a semifinal no estádio Itaquerão, além do Congresso da FIFA. A final acontecerá no Maracanã, Rio de Janeiro.
A escolha da futura arena corintiana como sede do 1º jogo do Mundial foi bem recebida pelo presidente da CBF, Ricardo Teixeira. 
“Acho que vamos iniciar bem com a abertura de São Paulo, coisa que foi discussão por 3 ou 4 anos. Brasil tem tudo pra fazer uma grande Copa e uma grande Copa das Confederações”, espera Teixeira
O anúncio foi comemorado no Itaquerão. O presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, e o ex-jogador Ronaldo, vibraram com a confirmação do estádio corintiano no Mundial. Eles farão em breve pronunciamento no centro do futuro campo do Corinthians.
“Só se ouviu São Paulo. Depois comemoramos. Não ouvimos mais o resto”, adiantou Ronaldo, em entrevista à TV Globo.
"A FIFA pediu o estádio para fevereiro de 2014, mas vai ficar pronto em setembro de 2013", disse Andrés.
Assim, a capital paulista, que passou por uma crise e chegou a ser ameaçada de ficar fora do Mundial, ganhou papel de protagonista, já que o evento de abertura recebe autoridades dos 32 países participantes. A outra semifinal acontecerá em Belo Horizonte. A abertura e a semifinal acontecem às 17h (horário de Brasília). A disputa do 3º lugar será em Brasília.
O ritmo nas obras do futuro estádio do Corinthians, conhecido como Itaquerão, têm agradado o comitê executivo da FIFA, e por isso a escolha – levando-se em conta o poder econômico e a infraestrutura de uma das maiores cidades do mundo.
O Corinthians e a construtora Odebrecht contam com incentivos públicos para erguer a arena, como R$ 420 milhões em isenção fiscal e mais R$ 400 milhões de financiamento do BNDES.
Além disso, para atingir o público de 68 mil pessoas, capacidade necessária para o jogo inaugural, será necessário um investimento de R$ 70 milhões do Governo do Estado de São Paulo. O clube alvinegro acredita que o Itaquerão ficará pronto até setembro de 2013.
A montagem da tabela, de acordo com o secretário-geral da FIFA, Jérôme Valcke, não foi nada fácil. 
"É uma tarefa árdua [construir a tabela], tivemos 57 versões dessa tabela da Copa. Teremos apenas 1 jogo no dia de abertura. Poderemos ter as melhores seleções em todas as cidades sede, para não ter os melhores jogos apenas para as maiores cidades. Não podemos adiantar todos os jogos porque não temos todas as cidades-sede ainda. O jogo de abertura será em Brasília, semi em Belo Horizonte e Fortaleza e a final no Rio de Janeiro. Esses são os jogos que podemos anunciar hoje. Teremos apenas um jogo no dia de abertura da Copa", destacou. 

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Justiça ordena retirada de moradores do Cingapura em SP



MP pede saída de moradores do Cingapura por causa de gás

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou a interdição do conjunto habitacional Cingapura Zaki Narchi, na zona norte da capital, e a conseqüente remoção de todos os moradores. A decisão foi publicada na sexta-feira e divulgada hoje. O conjunto foi construído em 1984 em cima de um lixão, e, segundo a decisão, a saúde e a vida dos habitantes estão em risco por causa de uma elevada concentração de gás metano no local. O Cingapura fica ao lado do shopping Center Norte, interditado por dois dias na semana passada pela mesma razão.
O pedido de interdição foi protocolado pelo Ministério Público (MP-SP) porque a mesma alta concentração de gás metano que fez a CETESB fechar o shopping Center Norte dias antes foi constatada no Cingapura. "Mas estranhamente a MUNICIPALIDADE DE SÃO PAULO não interditou o conjunto habitacional e os equipamentos que nele se encontram instalados (inclusive um centro de educação infantil)." Por isso a Justiça acatou o pedido da promotoria.
O juiz Valentino Aparecido de Andrade reconhece que a interdição e a remoção dos moradores é uma medida extrema, mas afirma que "ela é a única que pode eficazmente controlar a situação de risco a que essas pessoas estão submetidas, exigindo-se a intervenção do Poder Judiciário". A sentença determina que a prefeitura interdite o local e remova os moradores imediatamente, e que implante "um sistema técnico adequado que permita mitigar ou controlar essa situação" em até 20 dias.
Segundo a sentença, a remoção deve durar até a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB) atestar, por laudo técnico, não haver mais qualquer risco de explosão. Durante esse tempo, a prefeitura deverá dar suporte aos afetados, "abrigando essas pessoas em local adequado, além de adotar toda uma logística necessária a que essa remoção venha a ocorrer". No conjunto habitacional existem 140 apartamentos térreos.
Além de oferecer suporte, a prefeitura deverá fazer, em conjunto com a CETESB, um monitoramento diário e constante das condições do local, identificando os níveis de concentração do gás metano, até que sejam alcançados índices que permitam o retorno dos moradores. Para o descumprimento da decisão, o TJ-SP impôs uma multa diária de R$ 100 mil.
A prefeitura pode recorrer da decisão.

Contraponto

A prefeitura afirmou, por meio da Secretaria de Habitação (Sehab), que há diferenças entre a situação do conjunto habitacional e do shopping. De acordo com nota oficial, o Center Norte está "integralmente 'em cima' do aterro". Neste caso, foi detectado vazamento de metano em ambientes com oxigênio - o que, segundo a Sehab, torna o risco iminente. No caso do Cingapura, segue o texto, "o gás esta restrito ao subsolo e as medições em todos os apartamentos do andar térreo e na creche não detectaram a presença de gás metano".
A administração municipal disse ainda que, na quarta-feira da semana passada, técnicos da CETESB e da prefeitura explicaram a diferença entre o Center Norte e o Cingapura ao MP. Os dois lados acordaram em antecipar algumas providências, como monitoramento diário do local, medidas para dissipação do gás (se necessário) e plano de contingência. A Sehab afirma, na nota oficial, ter protocolado a documentação em questão junto à CETESB e ao MP. A Promotoria, no entanto, teria considerado que os documentos "não eram satisfatórios" e por isso teria entrado na Justiça.
Há três dias, disse a Sehab, foi implantada a medição diária de todos os apartamentos térreos, e "não foi constatada a presença de gás metano em áreas confinadas do térreo". Mesmo assim, como precaução, a secretaria afirmou que na sexta-feira passada autorizou, "emergencialmente, a contratação dos drenos que retirarão e monitorarão os gases no subsolo". A Sehab afirmou ter enviado funcionários no sábado para conversar com os moradores do Cingapura sobre a possível necessidade de remoção.

sábado, 8 de outubro de 2011

Jovem Atleta de BH é esperança do Taekwondo


Apenas três anos foram necessários para que Raianne Karoline, 16, chegasse longe no taekwondo e confirmasse presença na seleção brasileira júnior, que embarca hoje para Las Vegas, nos Estados Unidos, para a disputa do Pan-Americano da categoria, que acontece de amanhã até o próximo domingo. 

A mineira foi apresentada aos esportes aos 12 anos pelo pai, ex-jogador profissional de futebol. O primeiro contato foi com o kungfu, aliado ao boxe chinês e ao futebol. "Por favor, essa parte do futebol você pula. Não gosto nem de lembrar", comentou a garota, tricampeã mineira, atual campeã da Copa do Brasil e vice do Brasileiro de taekwondo. 
Antes de integrar a equipe de competições da academia onde treina, Raianne admirava os competidores que recebiam homenagens, e a vontade de estar ali começava a ser despertada. "Meu pai sempre comentava comigo que eu poderia ser uma daquelas pessoas, que bastava eu 
me dedicar para também estar ali", esclarece.
Na casa da atleta, em Belo Horizonte, troféus e várias medalhas. "Aqui já não cabe mais nada. Vamos ter que criar um cantinho só para as conquistas da Raianne", derrete-se a mãe dela, Aldina Matos.

Para o Pan-Americano, a preparação sofreu algumas alterações. "Realizei exercícios de resistência, flexibilidade, além de explosão. Também controlei melhor minha alimentação", contou Raianne, que terá as mexicanas, as norte-americanas e as argentinas como as maiores adversárias. 
Raianne garante que fará o seu melhor na cidade dos cassinos para representar o país. "Evoluí muito nestes três últimos anos. Quero continuar treinando e chegar ainda mais longe. Agradeço a insistência dos meus pais, que sempre cobraram para que eu fizesse meu melhor a todo momento", esclarece. Ela espera a recompensa ao final do Pan.


Exemplo de medalhista olímpica ajuda a evoluir

Minas Gerais terá o maior número de representantes na seleção júnior, ao lado de São Paulo, com quatro atletas. "Temos, por aqui, muita gente boa e que ainda não é conhecida. Nosso nível pode melhorar bastante, principalmente nas categorias de base. Já na categoria adulta, o Brasil tem uma equipe mais qualificada e bem-preparada", comenta Raianne Karoline. 

O modelo de atleta não poderia faltar. Alguém que alcançou uma projeção dentro do esporte por merecimento. A brasileira Natália Falavigna, que chegou às semifinais nas Olimpíadas de Atenas-2004 e conquistou o bronze em Pequim-2008, é um dos maiores exemplos que Raianne quer seguir. "Ela é super-tranquila e organizada. Além de ser atleta, ela treina e ajuda outras pessoas dando aulas".

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Morre Steve Jobs



A partir do final da década de 1970 quando Steve Jobs e Bill Gates iniciaram sua história de competição e amizade no incipiente mercado de informática, só um deles soube enxergar o futuro. Era uma era de equipamentos caros, que rapidamente ficavam obsoletos. A Microsoft entendeu que a chave do sucesso seria fazer o comprador transformar esse investimento em ganhos de produtividade e assim dominou o mundo corporativo com seus softwares de apelo individual. Bill Gates anteviu onde aquela indústria nos levaria e venceu a primeira corrida contra a Apple – a da produtividade econômica.
O que Bill Gates não percebeu é que Steve Jobs estava, na realidade, 20 anos à frente daquele futuro. No lugar de desenvolver empresas, ele queria facilitar a vida das pessoas. O Macintosh (era assim, por extenso, que se escrevia o nome do principal produto da Apple), portanto, foi moldado para conquistar mentes e corações dos que precisavam criar: arquitetos, designs, publicitários, cineastas, músicos – era esse o primeiro e fiel público da Apple. O Mac era um equipamento muito mais caro que seu concorrente. Mas para os artistas da criação, o PC com seu Windows eram quadrados demais para fazer frente em funcionalidade, liberdade ou beleza. Envenenados pela mordida na maçã, essa tribo de inovadores fez da Apple uma empresa “cool”, dona de produtos de vanguarda, visualmente atraentes.
Em 1993, quando uma incipiente Internet ameaçava reinventar o futuro dos computadores, Bill Gates ficou preso às redes corporativas. “A Internet?”, disse ele numa entrevista. “Nós não estamos interessados nela.” Cinco anos se passaram, e ele reconheceu que o futuro havia mudado sem sua participação. “As vezes somos pegos de surpresa”, disse em julho de 1998. “Por exemplo, quando a Internet veio, a gente a tinha como quinta ou sexta prioridade.” A primeira vitória de Bill Gates se deu, na realidade, na última corrida do século passado – e agora o resultado dela já não tinha mais importância.
O mundo estava entrando na era Google e em muitos pontos a filosofia da nova gigante do mundo digital era similar à da Apple: facilite a vida das pessoas, seja confiável, ágil, organizado, simples. Processadores cada vez mais rápidos e potentes, servidores baratos e de grande capacidade de armazenamento transformaram a economia e a criatividade: música, texto, fotos, conversas, documentos, vídeos, planilhas, gráficos, jogos (e agora até amizades, namoros, aventuras e viagens) – tudo resumido a bytes, guardado e acessado em qualquer ponto do ciberespaço.
E então o futuro chegou onde Steve Jobs o imaginara mais de duas décadas antes e a Apple saiu na frente na primeira corrida do século XXI – a da economia criativa. Ele mudou os consumos da música com o iPod, da telefonia com o iPhone, da informação e do lazer digitais com o iPad. Steve Jobs liderou uma empresa que inventou muitas coisas que você não sabia que precisava. E daquilo que parecia supérfluo, ele fez uma necessidade de consumo, um instrumento cotidiano, e revestiu-lhe do mais importante: o valor sentimental.