quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Descoberta abre caminho para detectar Câncer antes dele aparecer




Pesquisa em ratos descobriu proteína que pode permitir exame único para diagnosticar vários tipos de tumor.

Cientistas britânicos descobriram uma proteína presente em muitos tipos de câncer que, no futuro, poderia levar a um exame único capaz de detectar várias formas da doença. O sistema também poderia ser usado para calcular doses precisas de radioterapia.
O grupo do Instituto Gray de Oncologia e Biologia da Radiação relatou ao Instituto Nacional de Pesquisa de Câncer da Grã-Bretanha ter identificado câncer de mama em ratos semanas antes de um caroço inicial ser detectado
A mesma proteína, chamada gamma-H2AX, é encontrada em tumores de pulmão, pele, rins e bexiga, e é produzida como uma reação do organismo ao DNA danificado. De acordo com os cientistas, esse é um dos primeiros indícios de que uma célula está se tornando cancerígena.

Formação de tumores

O estudo usou um anticorpo que é o "parceiro perfeito" para a gamma-H2AX, capaz de procurá-la no organismo.
O anticorpo recebeu, então, pequenas quantidades de material radioativo, servindo como "termômetro" para identificar a presença de câncer no organismo.
Caso os médicos identifiquem um acúmulo de radiação em um determinado ponto do corpo, há grandes chances de que ali esteja o início da formação do tumor.

Diagnóstico precoce

Além do benefício da criação de um exame único para vários tipos de câncer, a nova técnica deve auxiliar no diagnóstico precoce da doença.
A professora Katherine Vallis diz que, nos ratos usados em laboratório, caroços só puderam ser sentidos quando as cobaias já tinham cerca de 4 meses de idade. "Mas nós detectamos mudanças antes disso, entre 3 meses e 3 meses e 10 dias, antes de um tumor ser clinicamente aparente."
Katherine disse à BBC que a proteína gamma-H2AX era, em grande parte, um "fenômeno comum" e que "seria um sonho" desenvolver um exame único para vários tipos de câncer.

Estágio inicial

Embora a comunidade científica e os pacientes que lutam contra tumores tendam a ver os estudos em torno da nova técnica com muita esperança, eles ainda se encontram em um estágio bastante preliminar.
"Essa pesquisa inicial revela que rastrear as moléculas poderia nos permitir detectar danos no DNA em todo o organismo. Se estudos mais aprofundados comprovarem isso, a proteína poderia nos fornecer uma nova rota para detectar o câncer em sua primeira fase, quando ainda há mais chances de tratá-lo com sucesso", afirmou a cientista.
Julie Sharp, do instituto britânico Cancer Research UK, avalia o estudo como um avanço.
"Essa importante pesquisa revela que ter como alvo uma molécula-chave poderia nos fornecer uma rota animadora por novos caminhos para detectar o câncer em um estágio inicial e ajudar a aplicar radioterapia e monitorar seus efeitos sobre os tumores."


Cientistas criam nova técnica que faz "negativo" de impressões digitais





Método criado pela Universidade de Jerusalém torna digitais mais visíveis.
Técnica não depende do suor da pessoa investigada, diz estudo.

Cientistas da Universidade Hebraica de Jerusalém, em Israel, descobriram um novo método para identificar impressões digitais deixadas em superfícies de papel. A técnica cria um "negativo" das imagens, de maneira que elas ficam mais visíveis e facilmente identificáveis.

O estudo foi publicado nesta segunda-feira (5) na versão em inglês do periódico "Angewandte Chemie", mantido pela Sociedade Alemã de Química. A técnica usa um processo químico inovador, dizem os cientistas, que não depende da composição do suor deixado pela pessoa para ser usada, ao contrário do método convencional. Assim como o procedimento comum, a nova técnica usa partículas de ouro e prata, que são depositadas nas impressões digitais em papéis. A diferença é que, no método normal, o ouro prende-se aos aminoácidos que existem no suor, enquanto no novo processo isso não ocorre.

Um tratamento químico faz com que as áreas cobertas por ouro fiquem escuras, na nova técnica. A prata é adicionada, em seguida, à impressão digital. Isso produz uma imagem "em negativo", com o ouro escuro e a prata clara, o que dá uma bem clara da digital, de acordo com os pesquisadores.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Usar o celular enquanto anda na rua ou dirige pode reduzir a atenção


Vamos prestar mais atenção, pois o uso do celular pode trazer grandes problemas. Cérebro concentra a atenção em apenas uma das atividades.
Para dirigir com segurança, atenção deve ser 100% no volante.



Grande parte das pessoas tem dificuldade para fazer duas coisas ao mesmo tempo e, por isso, ter atenção é importante, principalmente na hora de dirigir ou atravessar a rua. O celular é um dos principais vilões e pode reduzir em até 80% a atenção, como explicou a pediatra Ana Escobar no Bem Estar desta segunda-feira dia 17 de Setembro de 2012.
Quando a pessoa pega o telefone e disca o número, ela pode se distrair por alguns segundos, reduzindo o tempo de reação, assim como acontece com pessoas que dirigem alcoolizadas. Segundo o neuropediatra Erasmo Casella, pessoas com transtornos de atenção correm mais riscos de acidentes.



Um cálculo feito pela Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) concluiu que a pessoa demora até quatro segundos para pegar o telefone e mais cinco segundos para discar o número, o que equivale a 125 metros de distância de distração em uma velocidade de 50 quilômetros por hora.
Uma das dicas dos especialistas é bloquear os estímulos e optar por ambientes controlados para garantir a concentração. A falta de atenção e a pressa são grandes inimigas no volante e podem causar acidentes graves, por isso, é importante manter a atenção 100% na direção.

TDAH x hiperatividade


A falta de atenção pode ser sinal de uma doença, o TDAH, ou Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Geralmente, atinge as crianças mas também pode ser um incômodo para alguns adultos.
Para diagnosticar o TDAH, os médicos não fazem exames, apenas investigam a vida do paciente através de testes e perguntas.

Para diferenciar a doença e não confundi-la com pessoas agitadas, é preciso observar alguns sinais, como a duração dos sintomas, se eles estão em todos os lugares e se prejudicam a vida da pessoa. Por exemplo, uma pessoa agitada consegue esperar um filme terminar no cinema, mas se ela ficar se mexendo o tempo inteiro, levantando e inquieta pode ser um sinal de alerta.

Nas crianças, o diagnóstico só pode ser feito após os 3 anos de idade, quando elas já ganharam total controle sobre o corpo.
Antes dessa idade, é natural que a criança seja agitada porque está na fase de descoberta do corpo e do espaço. A dica para as mães é evitar cigarro e bebidas alcoólicas durante a gestação para reduzir o risco de o filho desenvolver a doença.
Para tratar o TDAH, são usadas técnicas pedagógicas e comportamentais e medicamentos, que servem como estimulantes para manter o paciente atento. Para mais informações, o neuropediatra Erasmo Casella recomenda o site da Associação Brasileira do Déficit de Atenção.


quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Gás metano da Antártida pode agravar aquecimento global




Um grande volume de metano, um dos gases do efeito estufa, pode ter sido produzido sob o manto de gelo da Antártida ao longo de milhões de anos e pode se somar ao aquecimento global caso seja liberado para a atmosfera por um degelo, mostrou um estudo nesta quarta-feira (29).
Cientistas das universidades de Bristol, Utrecht, Califórnia e Alberta simularam o acúmulo de metano nas bacias sedimentares da Antártida usando modelos e cálculos. Eles descobriram que é provável que micro-organismos podem ter conseguido converter os grandes depósitos de carbono orgânico do manto de gelo no gás.
Caso esteja presente, o metano provavelmente está preso sob o gelo. 
Mas ele pode ser liberado para a atmosfera à medida que as temperaturas globais crescentes derretem a camada de gelo, alimentando ainda mais o aquecimento global, afirmaram os cientistas em artigo publicado no periódico científico Nature.
"O Manto de Gelo Antártico pode constituir um componente previamente negligenciado do inventário de hidrato de metano global, embora exista uma incerteza significativa", afirmaram os cientistas.
O metano permanece na atmosfera por até 15 anos. Os níveis têm aumentado nos últimos anos, seguindo um período de estabilidade desde 1998.
O gás normalmente é retido como "hidrato de metano" em sedimentos sob um leito marinho. O hidrato de metano é uma forma de gelo contendo uma grande quantidade de metano, que em geral é estável. 
Quando a temperatura sobe, o hidrato se quebra e o metano é liberado do leito marinho, dissolvendo-se em sua maior parte na água do mar. Mas, se o metano se romper na superfície do mar e escapar para a atmosfera, ele pode intensificar o aquecimento global.
Os cientistas já identificaram milhares de locais no Ártico onde o metano está sendo liberado na atmosfera, mas o potencial para a formação de metano sob o Manto de Gelo Antártico tem sido muito menos estudado.


sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Sequenciar DNA pode se tornar parte do tratamento contra Cancêr



Um estudo americano indica que seqüenciar o DNA de tumores de pacientes com câncer pode ajudar a definir quais medicamentos vão e quais não vão fazer efeito no combate à doença. Os médicos do Centro do Câncer Memorial Sloan-Kettering, de Nova York, estudaram o caso de um paciente que respondeu bem a uma droga experimental e compararam seu DNA com os daqueles que não tiveram mudanças significativas com o medicamento. O Estudo foi divulgado nesta quinta-feira pela revista Science, da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS, na sigla em inglês).
Em estudo anterior, médicos notaram que a droga experimental Everolimus tinha resultado positivo apenas em uma parcela dos pacientes que participaram da pesquisa. Agora, os cientistas decidiram investigar um desses casos positivos para tentar entender por que ocorreram respostas diferentes.
A droga atua em um conjunto de proteínas (chamado de mTORC1) que é ligado ao câncer. O paciente analisado no novo estudo sofria de um tumor de bexiga e já tinha ocorrido metástase. O seqüenciamento do DNA indicou 17.136 mutações no câncer, mas foram somente duas que chamaram a atenção dos pesquisadores - duas que influenciam no mTORC1.
"Certos genes na via de sinalização mTORC1 são a causa de raras síndromes de predisposições para o câncer. Por exemplo, mutações germinativas (as que passam para as próximas gerações) no gene TSC1 causam uma condição conhecida como esclerose tuberosa que leva ao câncer em jovens. Nós encontramos mutações similares no gene TSC1 em cânceres de bexiga, mas nestes casos as mutações eram somáticas, não ocorriam em todas as células, apenas nas de câncer", diz ao Terra David B. Solit, um dos autores do estudo.
No próximo passo, os pesquisadores analisaram pacientes que tiveram outras respostas ao medicamento - inclusive aqueles com resultados muito modestos após tomarem a droga. Eles encontraram outras características nos genes que, segundo os médicos, seriam o motivo da resistência ao tratamento.
A conclusão, afirmam os cientistas, é que pacientes com mutações específicas no DNA do tumor responderão melhor ao medicamento e isso indica que o seqüenciamento genético pode se transformar em uma poderosa arma no tratamento contra o câncer.
"Atualmente, seqüenciar completamente o genoma de todos os pacientes é muito caro. Mas os custos, contudo, estão caindo rapidamente. Nosso relatório destacou o uso do seqüenciamento completo do genoma para definir as bases de sensibilidade em um único e especial caso para uma droga específica contra o câncer - um fenótipo discrepante. Métodos menos caros podem ser usados em outros pacientes para identificar mutações similares em uma população mais abrangente de pacientes", diz Solit.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012




Começa nesta quinta-feira, 02 de agosto, o prazo para manifestação de interesse na lista de espera do Programa Universidade para Todos (ProUni).
Os interessados em participar da seleção para as vagas remanescentes devem fazer a declaração no site do ProUni até 4 de agosto. Mais de 450 mil se inscreveram para participar do programa.
Para o segundo semestre de 2012, foram oferecidas 52.487 bolsas integrais e 37.824 parciais (que custeiam 50% da mensalidade). O benefício integral destina-se a estudantes com renda familiar per capita mensal até 1,5 salário mínimo.
 As bolsas parciais são reservadas a quem tem renda familiar per capita até três salários mínimos.
O ProUni oferece bolsas de estudo em instituições particulares de ensino superior. Para participar, é preciso ter cursado todo o Ensino Médio em escola pública ou em estabelecimento particular na condição de bolsista. É pré-requisito também ter participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2011 e atingido pelo menos 400 pontos na média das provas objetivas, além de não ter zerado a nota da redação.

Médicos tiram e recortam crânio de menino para cérebro crescer




Médicos britânicos tiveram que retirar e recortar em pedaços parte do crânio de um menino para prevenir que os ossos comprimissem o cérebro dele. Archie Dodd, 3 anos, de Chesterfield, sofre de uma rara condição na qual os ossos do crânio se fundiram cedo demais. As informações são do site do jornal Daily Mail.
Archie usou durante seis meses após a cirurgia um capacete especial e a casa teve que ser preparada para evitar que ele batesse em cantos de mesa e outros objetos. Agora, após tirar a proteção, ele já consegue jogar futebol com os irmãos Callum, 12 anos, e Spencer, 8 anos.
Os pais, Cheryl e Paul Dodd, afirmam que os médicos disseram que, se a operação não fosse feita, ele corria o risco de dano cerebral no futuro e o crânio acabaria por esmagar o órgão. "Meu mundo caiu quando eu recebi o diagnóstico e eu me senti mal quando eu pensei sobre a cirurgia", diz Cheryl, 38 anos.
O menino sofreu de craniossinostose, um fechamento prematuro dos ossos que formam o crânio (o que normalmente ocorre até o 15º mês de vida). Segundo a Sociedade de Pediatria de São Paulo, o problema pode causar deformação da cabeça e danos ao órgão e pode ter diversas causas (de genética ao uso de medicamentos, assim como infecção durante a gestação). Estima-se que a rara condição atinja uma criança a cada 2 mil.
O pequeno foi diagnosticado no dia seguinte ao seu primeiro aniversário e foi levado imediatamente ao hospital infantil Sheffield. Lá, os médicos fizeram uma série de exames para descobrir se o cérebro já não estava sob pressão. Se fosse descoberta mais tarde, a condição teria sido bem mais complicada, pois o órgão cresce rapidamente.
A cirurgia consistiu em cortar o crânio de orelha a orelha e depois em zigue-zague. "A cicatriz parecia horrível e eu vi logo após (a cirurgia) e me derramei em lágrimas por causa do que ele tinha passado", diz a mãe. Cheryl explica que o filho, agora com 3 anos, ainda tem que passar por check-ups por seis meses, mas "após tudo, eu me sinto com tanta sorte porque ele está tão feliz e saudável agora."